30/06/2008

A minha participação no Improviso





Improviso


Este ano para mim, foi o melhor a nível de teatro!Entrei para o grupo na onda de mudar de grupo de teatro, ansiosa para saber o que me esperava e encontrei uma professora maravilhosa, exigente e teimosa, e o melhor grupo de teatro que alguma vez tive, unido, divertido e amigo!
Num ano de mudanças, de crescimento e de decisões encontrei o que precisava neste teatro. No inicio parecia tudo muito bonito, tínhamos conversas sobre vários assuntos: sexo, adolescentes, namoros, como seria a vida de um cego, sobre direitos humanos, etc. Tivemos várias propostas, até nos chegar o verdadeiro trabalho “O Gato de Hamlet”, pensei que não seria tão difícil, pois seria o meu quinto ano de teatro, até chegar ao momento e ver que nunca tinha aprendido o principal, saber representar!
O teatro nem sempre é o que pensamos, chegar lá e puff, está feito! É preciso imenso trabalho, esforço, paciência e muita paixão! Eu tinha o sonho, e ainda o tenho, mas agora está em lista de espera, de ser actriz, queria mesmo, procurei escolas de teatro, e queria mesmo entrar, até que ao longo do percurso, abri os olhos e vi que nem tinha assim, talvez, tanto jeito, ou o que me falta é mesmo “muito trabalho”. Tentei fazer o que conseguia, dei o que consegui, tive dias bons e dias maus, desilusões e até chorei, mas quando a paixão do teatro nos marca não nos larga! Por isso não desistirei do teatro, apenas continuarei a “formar-me” e quando me sentir preparada logo enfrentarei as grandes provas das escolas de teatro!
Adorei este ano, a professora e os meus colegas, um ano de muito valor para mim, de crescimento e de decisões, um ano que guardarei para sempre no meu coração, e principalmente que poderei contar com a professora para qualquer coisa, e com os colegas, também.
Ou seja, este ano foi bastante produtivo, adorei tudo, os berreiros da professora, as atenções, e a sua incentivação, as macacadas do Jorge que animava a malta, e de todos os outros, os aquecimentos e os ensaios, TUDO.
Beijinhos e muitas saudades.
Margarida Ribeiro

16/06/2008

Despedida

A minha participaçao na peça "O Gato de Hamlet"
Bem, este ano, eu não estive muito presente no Improviso, mas participei nesta peça e, sinceramente, gostei, mas não me senti bem em fazê-lo, porque não fiz o que devia...
Este ano, tudo era diferente no Improviso, o grupo principalmente, um grupo que amei mesmo, mas, também, na minha participação. Logo no início do ano, pensei: "este ano vou-me aplicar no teatro", e, na realidade, tentei, mas vi que não conseguia conciliar a minha vida, com o teatro, e que tinha de fazer escolhas, não sei, se foi a coisa certa ou a errada, mas escolhi desistir do teatro sendo "O Gato de Hamlet" a minha última peça. Tenho imensa pena, mas não me sentia bem em atrapalhar um trabalho como o do Improviso!
Repensando, e lembrando-me do que, para mim, significa a palavra teatro, fico desolada, pois no nono ano, eu vivia vidrada no teatro e pensava todos os dias em procurar um grupo de teatro. Cheguei a ir ao Conservatório, onde me disseram que não existia nenhum grupo, mas no décimo ano, surpreendi-me, ao saber que havia um grupo de teatro na escola, e quis logo, inscrever-me. Esperei até Outubro (acho) e logo naquela primeira quarta apareci. Não conhecia ninguém, e tinha vindo pela razão, que retratava o teatro como a minha fonte de vida, um sonho tornado realidade, estar ali. Adorei todas as improvisações, mas não gostei do grupo. Claro que havia pessoas espetaculares, mas outro grupo que não posso dizer o mesmo. Com o passar do tempo, começou tudo a girar à volta na minha vida, e o teatro era a única alegria, até ao momento, em que eu vi, que já nem isso fazia sentido. Vi que, se alguma vez tive algum talento, acabava de perdê-lo naquele ano. No ano seguinte(este ano) voltei, com esperança de recuperar algo perdido, mas essa esperança foi perdida. Sinto-me mal por ter de sair, mas sinto que é o melhor. Não sei o que vai acontecer amanhã,mas sei que vou deixar acontecer.Nao sei se seria capaz de fazer aquilo que a professora conta muitas vezes, de ex.improvisos, que desistiram de tudo para fazer teatro, mas sei que se aquela magia do teatro voltar a renascer dentro de mim, não vou perdê-la novamente.
E desta forma me despeço do teatro, do palco, das luzes, da magia, do sonho...
Sónia Alves