23/11/2007

Passar pelo Improviso

A passagem pelo grupo Improviso na secundária foi uma das coisas que mais me marcou.
Ainda me lembro de ver o anúcio na reprografia a perguntar quem queria entrar para o teatro...de ir até á porta da sala e de estar com receio: bato ou não á porta? =) Depois de bater, entrei e não saí mais de lá durante três anos espectaculares que nunca mais hei-de esquecer.
Lembro-me, como se fosse ontem, da professora Teresa gritar comigo: Tânia fala mais alto!Projecta a voz mulher!...Eu era tão timida.....:P Depois vieram as viagens à Póvoa de Varzim.....que foram espectaculares em todos os aspectos...desde as actuações ao convívio.
Sinto falta de tudo isso....dos nervos antes de uma estreia, dos stresses da professora, porque não tinhamos o texto decorado( mas que fique aqui assente que a professora é um espectáculo!), das palhaçadas do pessoal, das viagens...etc.....de tanta coisa.
Aos novos elementos que vão entrando para o grupo só tenho uma coisa a dizer...aproveitem e desfrutem do grupo enquanto lá estiverem, porque vão viver uma das melhores experiências das vossas vidas...que jamais irão esquecer...e que mais tarde terão saudades...:P
Beijos a todos os novos elementos do improviso e aos antigos também.....encontramo-nos numa próxima estreia do grupo...=P

Ass: Tânia

22/11/2007

Futura performance

Esta vulgaridade que me destrói o cérebro.(pausa) Nem tudo é arte, mas o Nem Tudo pode ser alguma coisa, quando estagno e me limito a observar, a escutar, a dizer que disse. Onde fica a acção? Já fiz, já fiz, e fiz, e fiz, fiz….Tudo são reminiscências que enriquecem o ser, mas não enchem a boca. Tenho uma sombra tão curta nas minhas costas, e uma enorme bolha de ar no peito, que por vezes me impede de criar. Sou o dono da verdade, cuspo pró ar de maneira a conseguir salpicar todos os que me rodeiam. O comodismo caminha lado a lado com a pseudo intuição que me habita o pensamento. Pseudo intuição, nascer para.., jeito natural, tretas! Durante as longas noites busco a minha ceita, grito à procura de uma estátua que teima em não aparecer. Autodestruição no horizonte!!! (pausa) No desabrochar da luminosidade de um novo dia, quero dar um novo passo, um passo diferente do de ontem, e amanha……entrego-me de corpo e alma a este mundo incerto.

Dona Sophia faça favor:

Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.