16/06/2008

Despedida

A minha participaçao na peça "O Gato de Hamlet"
Bem, este ano, eu não estive muito presente no Improviso, mas participei nesta peça e, sinceramente, gostei, mas não me senti bem em fazê-lo, porque não fiz o que devia...
Este ano, tudo era diferente no Improviso, o grupo principalmente, um grupo que amei mesmo, mas, também, na minha participação. Logo no início do ano, pensei: "este ano vou-me aplicar no teatro", e, na realidade, tentei, mas vi que não conseguia conciliar a minha vida, com o teatro, e que tinha de fazer escolhas, não sei, se foi a coisa certa ou a errada, mas escolhi desistir do teatro sendo "O Gato de Hamlet" a minha última peça. Tenho imensa pena, mas não me sentia bem em atrapalhar um trabalho como o do Improviso!
Repensando, e lembrando-me do que, para mim, significa a palavra teatro, fico desolada, pois no nono ano, eu vivia vidrada no teatro e pensava todos os dias em procurar um grupo de teatro. Cheguei a ir ao Conservatório, onde me disseram que não existia nenhum grupo, mas no décimo ano, surpreendi-me, ao saber que havia um grupo de teatro na escola, e quis logo, inscrever-me. Esperei até Outubro (acho) e logo naquela primeira quarta apareci. Não conhecia ninguém, e tinha vindo pela razão, que retratava o teatro como a minha fonte de vida, um sonho tornado realidade, estar ali. Adorei todas as improvisações, mas não gostei do grupo. Claro que havia pessoas espetaculares, mas outro grupo que não posso dizer o mesmo. Com o passar do tempo, começou tudo a girar à volta na minha vida, e o teatro era a única alegria, até ao momento, em que eu vi, que já nem isso fazia sentido. Vi que, se alguma vez tive algum talento, acabava de perdê-lo naquele ano. No ano seguinte(este ano) voltei, com esperança de recuperar algo perdido, mas essa esperança foi perdida. Sinto-me mal por ter de sair, mas sinto que é o melhor. Não sei o que vai acontecer amanhã,mas sei que vou deixar acontecer.Nao sei se seria capaz de fazer aquilo que a professora conta muitas vezes, de ex.improvisos, que desistiram de tudo para fazer teatro, mas sei que se aquela magia do teatro voltar a renascer dentro de mim, não vou perdê-la novamente.
E desta forma me despeço do teatro, do palco, das luzes, da magia, do sonho...
Sónia Alves

2 comentários:

Anónimo disse...

Sónia,a vida, tal como o teatro,é um encontro de personagens que procuram a alegria da contra-cena, no gesto e na palavra,na luz e na sombra, na vontade e contra-vontade,no querer e bem-querer,

um abraço grande,

prof.teresa

Anónimo disse...

Na vida só temos de fazer uma coisa - Lutar pelos nossos sonhos e felicidade.