22/11/2007

Futura performance

Esta vulgaridade que me destrói o cérebro.(pausa) Nem tudo é arte, mas o Nem Tudo pode ser alguma coisa, quando estagno e me limito a observar, a escutar, a dizer que disse. Onde fica a acção? Já fiz, já fiz, e fiz, e fiz, fiz….Tudo são reminiscências que enriquecem o ser, mas não enchem a boca. Tenho uma sombra tão curta nas minhas costas, e uma enorme bolha de ar no peito, que por vezes me impede de criar. Sou o dono da verdade, cuspo pró ar de maneira a conseguir salpicar todos os que me rodeiam. O comodismo caminha lado a lado com a pseudo intuição que me habita o pensamento. Pseudo intuição, nascer para.., jeito natural, tretas! Durante as longas noites busco a minha ceita, grito à procura de uma estátua que teima em não aparecer. Autodestruição no horizonte!!! (pausa) No desabrochar da luminosidade de um novo dia, quero dar um novo passo, um passo diferente do de ontem, e amanha……entrego-me de corpo e alma a este mundo incerto.

Dona Sophia faça favor:

Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.


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